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Todos os textos © por Igor Barbosa ou devidamente creditados.

5/31/2004

De teu provincianismo tiro meu sustento,
E faço versos longos de estrofes curtas

Com rimas brancas, pobres, e de quando em quando
Enegrecidas pelo teu assombro largo.

Existe algum mistério em possuir um cargo,
Existe algum prazer em ser chefe do bando?

Teu corpo é retardado, tua mente furta,
E tua pequenez me faz teu monumento.

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5/28/2004

O caos é belo 

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Antes que a gritaria dos pernósticos ateus comece a desfraldar suas bandeiras na mídia, este blog avisa que está de pleno acordo com a iniciativa(1). Bem que o governador Olívio Dutra poderia mandar erguer uma estátua ao escritor Oswaldo França Júnior bem em frente ao Palácio Piratini, Porto Alegre(2).

a. Abra o segundo blog, de baixo para cima, de sua lista de links.
b. Encontre a segunda frase do terceiro post de cima para baixo.
c. Cole a frase no post. Busque no google a quinta palavra.
d. Abra o quarto resultado e cole a primeira frase no post.
e. Divida o CEP de sua casa por 101010 para obter o título.

(1):Ao Mirante, Nelson!
(2):Observatório da Imprensa
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5/27/2004

O mais curto dos contos 

Quando não há assunto digno, apelo para os indignos. Por exemplo, é assunto indigníssimo falar da própria falta de assunto, mas eu sou um salafrário mesmo.

Quem já tentou conversar comigo provavelmente sabe como eu sou ruim de papo. Nunca, ou quase nunca, tenho o que falar, exceto Hã? Hã? Aham. Como dizia, geralmente não tenho nada a dizer. Este post, por exemplo, foi todinho para dizer nada. Ih, acho que não deu.

Já disse alguma coisa, então vou dizer tudo (mas resumido):

Deus criou o mundo, aí passou um tempo e o mundo acabou.
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5/25/2004

The Struggle for Chocolate 

The Struggle for Chocolate,
U´a historiña dos tempos Pré-Ninóicos

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Loja grande e bem iluminada, com dezenas de vendedoras feiosas, Igor numa gôndola de chocolates. Acha a barra desejada, põe a mão; do além, grita uma voz:

-Igor, larga isso!

Opa. Nada visível por perto; deve ser efeito da abstinência de chocolate. Vou pegar a barra, e de novo o grito (feio! feiíssimo!):

-Igor, eu já falei para não botar a mão neste chocolate!

Largo, ora. Mas é voz na minha cabeça mesmo; já comecei a reengordar, com isso de comer chocolate o tempo todo. Mas este eu vou levar, ouviu dona Voz-na-cabeça? Nem que seja Chocolate´s Farewell Frenzy Party.

-Igor, eu JÁ FALEI PRA VOCÊ LARGAR ESTA PORCARIA DE CHOCOLATE AO LEITE! ISSO VAI TE DAR ESPINHAS ANTES DA HORA!

"Ué. Já passou da hora d´eu ter espinhas. Se eu tivesse que ter, seria uns três anos atrás. Mas o mais absurdo é supor que eu comeria chocolate ao leite", pensei, dando a volta à gôndola de chocolates e indo encontrar, do outro lado, uma mãe que tivera, no intervalo recorde de uns seis anos, as duas idéias geniais de batizar o filho o mesmo nome que eu e de não querer comprar chocolate para o moleque.

Voltei ao outro lado, peguei o chocolate amargo e levei pra casa sem remorso. Se bem que uma vendedora feiosa ficou me olhando de um jeito esquisito... Ah, a tristeza e a feiúra das pessoas que não comem chocolate.
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5/24/2004

Estou aqui, mas 

Estou com sono. Leite de pedra, saia, saia. É interessante alinhar, de visada, duas portas distantes - e imaginar como um tiro acidental poderia matar o Golem, se o bichão passasse ali naquele exato instante.

Não um tiro, um disparo de besta, tirando aquela primeira letra da testa do ômi de barro. Raspando a testa, ou apagando a letra com o vento - Alef. Anos depois, um presidente de sindicato dos motoristas de kombi, fanho, chamaria seu ajudante (por nome Alex): "Alef, Alef!" E, distraído, não veria entrar o Golem, tendo a cabeça esmagada. Sem perceber.
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5/19/2004

Punctuation´s Rhyme  

A palace is a place;
An Alas, a disgrace;
But semicolons nothing more than semicolons are.
A red hell ain´t no white!
A duel is a fight!
But exclamations nothing more than exclamations are.
My books are all so fine...
You look today for dine ...
But reticences never more than reticences are.
You travel seven seas?
Should marvel not of this:
The punctuation nothing more than punctuation is.
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5/18/2004

Lula e o poder Moderador 

A democracia serve, no Brasil, para o povo poder escolher quem vai ser o ditador. O brasileiro médio tem alminha de ditador, é por isso que boa parte dos latino-americanos gostaria de viver sob uma ditadura que resolvesse seus problemas econômicos. Alguém me disse que seria o melhor presidente do Brasil; o erro do Lula, disse-me, foi comprar a briga. Devia ficar quieto; passados dois ou três meses alguém sentava bala no cabra safado que chamou o presidente de pé-de-cana. Garanto que, se é essa a melhor atitude que o presidente poderia tomar, o melhor presidente possível (para eles, não para mim e vocês, leitor e leitora) seria o pior dos ditadores. Gente assim apoiou Hitler na Alemanha. Gente assim falava dos Judeus o mesmo que hoje se fala dos americanos.

No Brasil, as instituições políticas sempre vieram antes da maturidade de que o povo necessitaria para acompanhá-las. A constituição de 1824 instituiu o Poder Moderador como o representante dos interesses públicos contra o formalismo liberal. Como sabemos, o interesse público era representado pelo Imperador; ou seja, por mais que tivéssemos um parlamento e políticos declaradamente liberais, o país, que não estava preparado para um exercício político democrático, na prática era conduzido pela vontade de uma pessoa. O imperador, em sua posição, não estava nem mesmo subordinado à constituição; visto que a lei devia servir à sociedade, quando o poder moderador julgasse que a lei era inconveniente ao país (no discurso oficial) a mesma lei seria anulada. Saltemos. Quando o presidente julga que a lei não atende à sua conveniência, que ele confunde com conveniência do estado, é de bom alvitre para ele ignorar a existência da lei, e dela lembrado afirmar-se superior à lei.

O poder moderador era, em discurso, um dispositivo do povo para evitar que as instituições políticas circunstantes lhe causassem danos. Abrandando, o imperador cuidava do povo, evitava que esses políticos corruptos e malvados causassem problemas – idéia muito mais antiga, na verdade, da qual o Império Moderado Brasileiro é só um exemplo, assim como os populismos dos séculos XX e XXI. Em meio a tudo isso, sempre se pode perceber uns gritos de liberalismo – a presença do partido liberal na política brasileira do século XIX, a pose democrática do PT. Folclore; tão verificado na prática quanto a existência da mula-sem-cabeça. Quando o Führer é criticado, a saída ainda é o paredão.
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5/17/2004

Diálogos Semi-Imaginados 

Itálicos representam frases pensadas; não-itálicos, faladas.


EU, autocrítico: Você não sabe usar hífen.
EU, irritante: Eu sei.

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Cena: Em uma locadora, encontro uma mulher de meia-idade.

EU: Acho que ela já foi minha professora. Vou fingir que não reconheci.
MULHER: Acho que ele já foi meu aluno. Vou fingir que não reconheci.

(Igor pega As Duas Torres antes da mulher).

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EU: Quantos buracos nesta rua.
NINA: A terra vai engolir esta cidade.
EU: Se engolir, vomita.

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Igor passa em frente a um curso de inglês, ou informática, ou o que for. Muitos vendedores na porta. Um deles se aproxima:

VENDEDOR DE CURSO (tentando me fazer parar): BOA NOITE!
EU (Sem parar): Boa noite.
VENDEDOR (me seguindo): TUDO BOM?
EU (indo embora): Tudo. E com você?
VENDEDOR (em voz baixa): nojento.
EU: Obrigado!

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EU: Preciso de um emprego de acordo com a minha vocação.
EU: Igor, você não tem vocação para nada.
EU: Eu sei bem qual é minha vocação. Mas nunca vi nos classificados "Contrata-se rapaz sofisticado para o cargo de Dândi em horário integral. Oferece-se bônus inicial de R$ 7 milhões, salário de R$10 mil por dia e demais benefícios".

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5/13/2004

Conto Verde, parte 2 

Leia antes Conto Verde, parte 1

A rua estava tomada pelo verde das rãs. Cada uma pulava mais de meio metro, mesmo as menores. Pelo pouco que tinha visto, não poderia dizer que se tratavam de insetos. Tampouco eram rãs convencionais. Foi em meio à invasão da desconhecida espécie que minha vida sofreu a mais definida – se bem que não definitiva, nem importante – alteração de rumo.

No começo daquele abril, meu casamento com a senhorita Mariane de Lieva estava por se confirmar e realizar. Havia herdado recentemente, de meu pai, uma indústria que empregava boa parte dos os habitantes de Vila Plena: Uma fábrica de tecidos. Na verdade, eu tinha pouco para fazer na fábrica, que já estava internamente bem organizada, graças ao trabalho do Sr.Balm, meu pai. Passava lá alguns minutos toda manhã (mas não tão cedo que precisasse acordar antes das nove e meia, coisa que nunca fiz), conversava com o gerente, fingindo mais interesse do que realmente possuía, e seguia para o café ou outra parte. Por alguma vaidade genética não recusei para mim o título de Capitão de Indústria, e por isso era chamado por todos os habitantes de vila plena Cap. Balm. Em correspondência, fazia o possível para imprimir às minhas vestes, voz e postura uma dolência semimarcial, o que começo a imaginar que trouxesse resultados apenas ridículos.

Além de rico, eu era um bonito rapaz. Uma graduação em História pela Universidade de Mendóia, obtida no ano anterior (o ano da morte de meu pai), era a última coisa importante a saber sobre mim. Rico, instruído e belo. E noivo da mais bela mulher do universo.

Mariane era três quartos de um palmo menor que eu – uma mulher quase alta. Nossos pais haviam sido amigos desde antes de nossos nascimentos. Acreditávamos saber muito um do outro. Dela, eu só sabia com certeza que era a mulher mais bela do universo. Provavelmente, tudo que ela sabia de mim era que eu a sabia a mais bela das mulheres. Ponto para ela.

Embora estivesse comprometida a casar-se comigo, evitava o assunto o quanto conseguisse. Várias vezes tentei arrancar-lhe uma aceitação definitiva – e, melhor, uma data – sempre sem sucesso. Eu era um jovem rico, bonito e instruído; ela a mulher mais bela entre todas; e apesar disso, não nos tornávamos um casal.

Sua hesitação em desposar-me tornou-se por demais estranha e inaceitável para mim. Certa manhã, fingi estar doente e mandei-lhe um criado com a mensagem. Pedia também que me encontrasse no Café Domo, na manhã seguinte. Este dia inteiro passei compondo, em minha cabeça, um monólogo em que apresentava todos os motivos pelos quais devíamos contrair matrimônio o mais rápido possível, ou pelo menos declarar aberta e oficialmente a intenção mútua; e em que cobrava uma resposta imediata. Ela não aceitou porque não era simples aceitar algo somente porque fosse aceitável. Ela recusou, mesmo não sendo simples recusar algo, só porque é algo recusável (assim penso eu).

E foi embora, deixando-me com a visão perene de seu vestido verde.
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5/11/2004

Conto verde 

Em uma manhã de abril, as micro-rãs invadiram a Vila Plena. Tinham tamanhos de insetos (entre pulgas e moscões) e mordiam. Uma onda particularmente agressiva atacava os tornozelos do guarda Manso, que passou correndo por mim com os bichos no encalço. Mostrou-me mais tarde as marcas, aliás mostrou-as a todos; era algo realmente pavoroso.

Uma delas parou junto ao meu pé. Vinha com a multidão que pôs em fuga o guarda e estava cansada, o que a fez parar, olhando para mim. Tive tempo de corresponder ao olhar antes de esmagá-la, o que foi muito parecido com esmagar um inseto – sua pele, se assim posso chamar o tecido verde que envolvia o bichinho, apresentou alguma resistência, não por dureza que tivesse, mas por causa de uma densidade interna, que se demonstrou uma pasta verde esparramada no chão, quando finalmente a pele verde se rompeu.

Entrei no café (estava em frente) e sentei-me numa mesa com duas cadeiras, ao lado da janela. Pedi um chá verde, que veio em minutos, muito quente, numa xícara até que bonita, se não fosse... Antes de descobrir o quê, ela sentou-se na cadeira em frente. Diria que chegou intempestivamente, se não soubesse que era eu que estava desatento e não teria percebido nem uma mega-rã, mesmo que me devorasse um braço.

Mas chegou e sentou, e só no meio do movimento de sentar a percebi.

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- Sua idéia é aceitável – ela disse.
- O que significa que você aceita...
- Não.
- Como não?
- Não é tão simples – ela começou, e parou por uns segundos, olhando por cima de meu ombro direito – Não é tão simples aceitar o que é aceitável.
- E porque seria simples recusar o que é recusável?
- Não há motivos. É a minha escolha.

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Ela saiu antes de mim. Cheirei por instantes a xícara onde o chá havia acabado. Saí pensando em quanto ela era tola por usar roupa verde num dia como aquele.
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5/07/2004

O senso de ridículo - Post para o Márcio. 

Não tenho muita paciência para discussões políticas e sei quase nada do assunto, visto que concilio um certo senso de ridículo com uma matrícula num Instituto de Filosofia de uma universidade pública; em meu caso, a matrícula entra com a obrigação (ergo as sobrancelhas - ?) de estudar Filosofia Social e Política, o senso de ridículo com a necessidade de matar as aulas. Se você for o meu professor, não é nada pessoal; mas concorde que você é o culpado, ao tratar (mesmo que não-chatamente) de um assunto tão chato. Enquanto o assunto chato corre, fico nos corredores, fazendo o que for possível para chocar meus condiscípulos - o que é vergonhosamente fácil.

Meu senso de ridículo é o que me impede de usar o verdadeiro nome de senso de sobrevivência, quando falo deste senso de dois nomes. Enfim, a melhor maneira de sobreviver é considerar ridícula qualquer circunstância perigosa - como passar fome ou assistir certas aulas.

Há melhor maneira de não morrer de fome do que saber como é ridículo morrer de fome? Contam-me de um país onde as pessoas acham bonito não ter o que comer e vestir, e onde morar; franzindo o sobrolho, digo (ou sopro) um "Oh!" abafado, descrente. Quem acha bonito ser pobre não deseja ser rico; conseqüentemente, não sai da pobreza. Eu acho ridículo ser pobre, não tenho futuro como tal. Mim gosta ganhar dinheiro, e quem quiser que me acompanhe.
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5/05/2004

Para Nina, 3 

tota pulchra es amica mea et macula non est in te.
quam pulchra es et quam decora carissima in deliciis!


Com a licença do autor original, eu sou de minha amada e minha amada é minha.
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5/04/2004

Personal Offender & outras coisas 

Ofereço meus serviços de Personal Offender; meu pai sempre me disse que a gente deve fazer o que gosta e sabe, e eu sou muito bom em ofender pessoas. Você pode ser ofendido por mim via comentário, post, email ou telefone (se você ligar para mim), com ou sem motivo. É a sua chance, não perca!

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Tudo está acontecendo sob nossos olhos e não nos damos conta. Até beeem depois de morrer, Bach não era conhecido do público. Ainda estudarão a arte erudita do século XX - que foi o cinema, a trilha sonora, especialmente a incidental de desenhos animados, e os quadrinhos. Carl Barks foi o maior pintor e desenhista dessa época, além de contista invejável. Para os pósteros, ei, pósteros: Se eu estiver errado, vocês se corrijam, por favor.

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Dizem que:

1. Che Guevara é tão famoso quanto Cristo.
2. Os Beatles são mais populares que Jesus.
logo,

Os Beatles são mais populares que Che Guevara (essa todos já sabiam, eles eram quatro). Humm, prefiro mesmo os Beatles, mas na fase sem cabelo demais e sem barba. Eles ficavam parecendo o Che.
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5/03/2004

Síndrome de Solenidade 

Padecem algumas pessoas da síndrome de solenidade, que pode ser o exagero de respeito no trato consigo e/ou com os outros. Estranhamente, é muito difundida entre humoristas (digo, estas pessoas que aqui no Brasil levam o nome), escritores cômicos ou semicômicos e quetais. Uma chamada para uma entrevista com um deles, em um site, dizia "O escritor brincalhão, pessoalmente, é tímido e quase sério". Um outro, dizem, perdeu a cabeça com um fã que pediu uma piada. Deve odiar piadas.

Outra classe: Polítricos. Os empertigados homens, em seus amarfanhados ternos, transpiram dignidade – aquelas gotas cobrindo perenemente suas testas (as deles, leitores!) não são suor, são dignidade. Não brinque comigo, meu jovem.

Fechando nosso triângulo dos bobocas, trago o grupo dos executivos. Gente que joga RPG com a vida, ganhando pontos com MBA, estágios no exterior e sobrevivência a downsizings.

O que eles têm em comum? Que rufem os tambores; o que eles têm em comum é a crença de que são top of the top. A coroa do mundo. A cereja do Sundae. É a essa crença que chamo síndome de solenidade.

Todos estes pensam que chegaram ao ponto que todos querem chegar e na imaginam destino melhor que o próprio. São vencedores, e o problema com eles é justamente este. Todos acham que perder é ser menor na vida. O que eles não sabem é que eles nunca perderam porque nunca correram qualquer risco. Aí é fácil. Só que, assim, perderam toda a diversão, e nisto se origina a síndrome. Tornam-se the guys in the plastic bubble. Eu sofri muito, trabalhei muito, lutei muito, para você vir brincar comigo! Saia agora mesmo da minha bolha de plástico ou eu mando um segurança te baixar o cacete.

E pronto, chegou a respeitabilidade. Eu gostaria de ganhar um real cada vez que alguém acentua as qualidades de uma destas pessoas com palavras como guerreiro, batalha, superação. Pago dois sempre que um deles vencer uma guerra. E gostaria, claro, de ganhar um real sempre que algum deles diz “minha vida daria um livro” e que, instados a fazê-lo, dizem que “escrever um livro é muito fácil”. Pago o dobro se eles escreverem (eles mesmos, não vale ghost-writer) um livro que preste – não é fácil? Por favor, um realzinho na minha conta sempre que algum imbecil legislativo se apresentar como portador da solução para os problemas deste país. Ora, eu daria um braço se metade (?) dos vereadores deste brasilZão de Meu deus (ênfase nas maiúsculas) soubesse a diferença entre direita e esquerda e se a outra metade assumisse que não sabe – e procurasse aprender.

Eu adoraria ganhar um centavo cada vez que uma pessoa burra se orgulhasse da burrice que possui. Mas não ganho nada.

Todos têm defeitos, mas ninguém precisa amar alguns defeitos só porque os possui; a menos que ame suas verrugas, seus piolhos, sua feiúra. O que os portadores da síndrome fazem é romantizar (mal) seus defeitos: Isso não são verrugas, são cicatrizes da luta que tem sido minha vida, blah blah.

Quando eu era gordo, não gostava de ser chamado de gordo. Tentava (sempre inutilmente) usar certas roupas, aparecer sob certas luzes e mostrar-me sob certos ângulos que me possibilitassem exigir ser chamado de magro. Hoje estou em forma e quem mais me chama de gordo sou eu mesmo.Em resumo, não faço questão de ser visto como magro porque sou magro de fato. Por que será, então, que algumas pessoas desejam uma imagem respeitável?
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